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Colunista luso-brasileiro desmonta o mito da soberania europeia no futebol
Em uma coluna publicada no Record, um dos principais jornais futebolísticos da Europa, o colunista luso-brasileiro Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Pós-PhD em Neurociências e jornalista atuante no Brasil e em Portugal, desafia o mito de que as equipes europeias detêm uma superioridade absoluta no futebol mundial. Sob o título “Latinos da América vs. Mundo – A Desconstrução de um Mito”, o texto, disponível no site do Record, questiona narrativas estabelecidas e destaca a potência do futebol latino-americano.
Dr. Fabiano, que combina sua expertise em neurociências com uma carreira consolidada no jornalismo em ambos os países, argumenta que a percepção de superioridade europeia é influenciada mais por fatores econômicos e pela concentração de atletas renomados do que por uma supremacia técnica inquestionável. Ele aponta que, embora os clubes europeus somem 39 títulos mundiais contra 27 da América do Sul, essa diferença deve ser contextualizada pela desproporção geopolítica: 50 nações europeias contra apenas 12 sul-americanas. “Essa diferença quantitativa dilui-se quando ponderamos o contexto”, escreve.
A Reconfiguração do Mundial de Clubes
A reconfiguração do Mundial de Clubes, segundo o colunista, tem permitido confrontos mais equilibrados, revelando a competitividade dos times latino-americanos frente ao poder financeiro europeu. Dr. Fabiano cita o Inter Miami, equipe majoritariamente composta por jogadores latino-americanos e liderada por Lionel Messi, como exemplo de desempenho que desafia o discurso hegemônico europeu. “Apesar da aura de informalidade, sua performance internacional revela uma soberania técnica frequentemente desvalorizada”, destaca.
O neurocientista e jornalista levanta uma questão provocadora: os jogadores sul-americanos que brilham na Europa o fazem por adaptação ao continente ou porque a complexidade tática do futebol europeu não é tão elevada quanto se propaga? Ele sugere que a resposta pode estar na singularidade cultural e genética da América Latina, que poderia conferir uma “plasticidade cognitiva e motora” superior.
Neurociência e Cultura no Futebol
Com sua formação em neurociências, Dr. Fabiano explora a possibilidade de que a miscigenação genética e cultural da América Latina, combinada com condições adversas, tenha gerado uma vantagem adaptativa no futebol. Ele questiona se fatores como o clima hemisférico, especialmente em países como Argentina e Uruguai, ou o prazer intrínseco pelo jogo, superam a mercantilização do esporte na Europa. “Será que a excelência futebolística latino-americana decorre da adversidade adaptativa ou de uma superioridade neurocognitiva resultante de sua história híbrida?”, provoca.
O colunista também observa que clubes brasileiros competem de igual para igual com os principais times globais, enquanto equipes portuguesas enfrentam limitações internacionais. Ele destaca ainda a evolução estrutural de seleções árabes e a dependência dos Estados Unidos do talento latino, como evidenciado pelo Inter Miami.
Repercussão e Debate
A coluna, publicada no Record, gerou amplo debate entre leitores, jornalistas e torcedores, com reflexões compartilhadas nas redes sociais e fóruns esportivos. Dr. Fabiano, que é membro de instituições como a Society for Neuroscience e a Royal Society of Biology, enfatiza que o futebol é um fenômeno complexo, moldado por fatores culturais, econômicos e neurocientíficos. “Nosso cérebro busca padrões simples, mas a realidade do futebol é multifacetada”, afirma.
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